24 de abril de 2024
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REDE CRIMINOSA

Ricardo Barros é investigado na CPI da Pandemia por envolvimento na venda de vacinas

Líder do governo Bolsonaro na Câmara é investigado por conexão com empresas que atuaram como intermediárias de vacinas ao MS

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Durante entrevista coletiva, na chegada ao Senado Federal, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou que Ricardo Barros (PP-PR) - líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados - passa agora a ser investigado pela CPI.

Conforme exibido pela TV Senado, o senador apontou que a decisão tem o objetivo de apurar o envolvimento do parlamentar em uma "rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores e fazendo com que o país perdesse a oportunidade de comprar vacinas na hora certa".

Ricardo Barros foi mencionado por, supostamente, estar envolvido nas negociações que levariam à importação da vacina indiana Covaxin, único imunizante que teve um intermediário sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa, sendo que a compra foi  1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante. 

Renan apontou que, agora, Ricardo Barros será investigado "pelo conjunto da obra, indícios, envolvimento, pela participação dele em muitos momentos". 

Já na sala da CPI, o relator fez o anúncio oficial, ressaltando que é necessário apurar de maneira aprofundada os atos do líder do governo Bolsolnaro, "suas relações e ligações políticas e empresariais, bem como na ausência de atitudes corretivas, especialmente, nas negociações e possíveis associações com servidores civis e militares do Ministério da Saúde investigados pela comissão, sem falar em ocasionais conexões com Roberto Dias e com os sócios das empresas de Francisco Maximiano, entre elas a Global e a Precisa Medicamentos".

Assim como Ricardo Barros, o depoente de hoje (18.ago.2021) na CPI, Túlio Silveira - que primeiro foi apresentado como consultor e agora como advogado - negou que tenha participado de negociações para a compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, segundo informações da Agência Senado.