25 de abril de 2024
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FRAUDE ELEITORAL

Voto foi trocado por marmitex em MS, diz PF

Celular apreendido com servidor de Marcelo Iunes revela esquema escandaloso em Corumbá

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Até marmitex foi trocado por voto nas eleições em Corumbá (MS), onde foi eleito em 2020 o prefeito Marcelo Iunes (Podemos) e vereadores. A reportagem é do Campo Grande News

As investigações da Polícia Federal na Operação Mercês, deflagrada em novembro apuram a participação de servidores públicos e membros do Poder Legislativo em fraude eleitoral. 

Mostramos aqui no MS Notícias que tudo começou quando um servidor comissionado foi flagrado saindo do comitê eleitoral de Iunes, com diversos bloquinhos de R$ 250 enrolados a nomes de eleitores. Com o homem, foi apreendido um celular e após a quebra do sigilo, mensagens revelaram um esquema escandaloso.  

Mensagens sugeram que aos menos seis votos foram comprados com fornecimento de alimento. A conversa entre o comissionado da prefeitura e outro comissionado que trabalhava para um candidato a vereador aliado do prefeito. Num áudio, transcrito e postado no site Campo Grande News, o servidor chega a rir do preço pago pelo voto. Veja: 

Na agenda encontrada no telefone do servidor preso haviam diversas anotações: nomes de pessoas, telefones e solicitação de “ajuda” como pedido de combustíveis, caixas de cerveja e tijolos para construção.

Os beneficiados eram vereadores e candidatos da base aliada do atual prefeito. Em uma das mensagens, trocadas entre o funcionário da prefeitura e um vereador, fica claro o acerto financeiro para compra de votos de pelo menos 26 pessoas, por R$ 50 cada.

Segundo a polícia, o funcionário agia a mando de candidatos (a maioria já ocupava cargo eletivo e eram candidatos à reeleição), realizando a compra de votos com dinheiro em espécie ou por meio de “favores”, principalmente com consultas médicas e a realização de exames dentro da rede pública de saúde do município. Veja abaixo uma das conversas entre o funcionário e uma eleitora: 

Segundo a Polícia Federal, o grupo usou a estrutura pública para negociar troca de favores, ou troca de benefícios, e assim conseguir apoio político para suas candidaturas nas eleições municipais.  Outra forma ilegal de assegurar apoio político durante a campanha foi a contratação de pessoas sem prestar contas à justiça eleitoral, no chamado, “pagamento por fora”.

Em nota, a assessoria da Prefeitura de Corumbá informou que "nem o prefeito Marcelo Iunes e nem a Prefeitura de Corumbá foram comunicados oficialmente sobre o teor da investigação. O prefeito reafirmou que está a disposição da Justiça para qualquer esclarecimento que seja necessário e que nunca compactuou e nem teve conhecimento sobre compra de votos ou troca de favores visando vantagem eleitoral".

 FONTE: CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS