26 de abril de 2024
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CPI PANDEMIA

Wilson Witzel depõe hoje (16.jun.2021) e pode mentir ou ficar em silêncio

Habeas Corpus concedido pelo ministro do STF Nunes Marques é semelhante à decisão que livrou Wilson Lima (AM) da cadeira da CPI

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Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de que Wilson Witzel tem o direito de não comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito na manhã desta 4ª feira (16.jun.2021), o ex-governador do Rio de Janeiro, cassado em abril, confirmou ao vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, que irá depor.

Quem concedeu o Habeas Corpus à Witzel, ainda ontem (15.jun.2021), foi o ministro Nunes Marques e, com a decisão, além de ter autorização para ficar em silêncio, Wilson ainda pode falar sem assumir o compromisso de dizer a verdade.

De acordo com a Agência Senado, os senadores já recorreram da decisão semelhante, tomada recentemente pela ministra Rosa Weber, em benefício ao governador do Amazonas, Wilson Lima, que decidiu não comparecer para seu depoimento, na semana passada.

A decisão que favorece Witzel se deu porque o ex-governador é réu em processo que apura corrupção e lavagem de dinheiro, sendo que seu nome foi denunciado em um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio, que apontou corrupção na área da saúde do estado.

Suspeita-se que Wilson Witzel tenha recebido pelo menos R$554,2 mil em propina, através do escritório de advocacia da mulher. Em sua defesa, o ex-governador diz ter sido cassado porque combateu a corrupção e que tem sofrido perseguição política. 

"Tem que ser esclarecido, aliás é um dos pontos que eu quero que a CPI investique. Se eu tivesse ficado no cargo de governador, teria investigado a fundo quem é que desviou dinheiro do Rio de Janeiro, se é que desviou, porque, até agora, não encontraram nenhum centavo", comentou Witzel à jornalistas durante sua chegada ao Senado na manhã de hoje (16.jun).

** (Com informações G1 Política e Agência Senado)