Presos há 7 preventivamente na Rua Colônia Cerro Cora'i, em Pedro Juan Caballero, apenas por serem "parecidos" com os autores de uma chacina, Hywulysson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armani e Silva Simões, Gabriel Veiga de Souza, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes, acabaram sendo soltos nesta quinta-feira (28.abr.22), após a polícia não conseguir provas da ligação dos 6 presos com a chacina de de “Bebeto” e 3 estudantes de medicina que ocorreu no sábado (9.out.21).
Na época, o departamento de polícia Contra o Crime Organizado supreendeu o homens quando ainda estava escuro. Eles informaram a prisão dos seis homens num post no twitter:
#SicariatoAmambay [AHORA] Allanamiento en busca de evidencias que conduzcan a los responsables del cuádruple asesinato el sábado en Pedro Juan Caballero. Agentes del @DCCO_Paraguay apoyan a sus colegas de Amambay. pic.twitter.com/gq5kQ61zoq
— Dpto. Contra el Crimen Organizado (@DCCO_Paraguay) October 11, 2021
Como o MS Notícias mostrou, o alvo da chacina na manhã do dia 9 de outubro seria apenas Osmar Alvarez, o "Bebeto", mas as jovens estudantes de medicina Haylee Carolina Acevedo Yunis, filha do governador de Amambay Ronald Acevedo e as brasileiras Kaline Reinoso de Oliveira e Rhamye Jamilly Borges de Oliveira, morreram por estarem com “Bebeto” depois de saírem de uma festa.
No dia da prisão do grupo, a Polícia Nacional informou que na casa também foram apreendidos três carros com placas brasileiras, três placas de outros veículos, celulares, joias e 74 gramas de maconha.
— Estamos verificando todos os dados, há muitas imagens que estamos verificando. Aparentemente, um dos detidos se parece muito com um dos assassinos. Por outro lado, o caminhão que foi queimado na noite passada não foi relatado como roubado, mas encontramos fotos de que estava nesta casa. Durante o dia, há muitas análises que temos que fazer para coletar mais informações adequadamente — afirmou à ABC policial César Silguero, que liderava, na época, a investigação.
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Naquele momento, os investigadores alegaram que a caminhonete usada pelos pistoleiros teriam entrado na casa onde os brasileiros estavam. Entretanto, a polícia paraguaia nunca apresentou qualquer prova da ligação deles com a chacina.
Na verdade, os presos eram trabalhadores “sacoleiros”, como são conhecidos os vendedores ambulantes que compram produtos importados na fronteira para revender no Brasil. Eles alugaram a casa na fronteira para ficarem nos dias em que permaneciam em Pedro Juan para as compras.
Como a polícia e o Ministério Público do Paraguai não conseguiram apresentar provas, o juiz criminal de Garantias Álvaro Rojas Almirón deferiu o pedido de arquivamento definitivo do processo e ordenou a expulsão do grupo por desrespeito à Lei Migração do país vizinho.