26 de abril de 2024
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Irreconhecível, Aécio insiste em linha dura

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A radicalização não é a praia do presidente do PSDB, senador Aécio Neves. Pesquisa realizada pelo PMDB do Rio de Janeiro apurou que, logo após o debate televisivo em que o então presidenciável Aécio Neves dirigiu-se a presidente Dilma Rousseff (PT) como 'mentirosa' e 'leviana', o candidato tucano apresentava cerca de 400 mil votos a menos do que na véspera. Antes daquela reação, Aécio contava, segundo os organizadores da chapa Aezão, com 1,4 milhão de intenções de votos no Estado, mas fechou a jornada com cerca de 800 mil. Em outras palavras, o ataque direto a Dilma foi um péssimo negócio eleitoral para ele.

Dali para a frente, o certo é que Aécio deu de ombros para as pesquisas e não parou mais de bater. Em frases soltas, entrevistas, discursos e notas oficiais, ele passou a desenvolver uma estratégia de confronto que, para muitos, resvala no questionamento do próprio sistema democrático.

No fim da manhã desta quarta-feira 3, depois de aquiescer contra presença de baderneiros nas galerias do Congresso na véspera, Aécio ocupou o microfone de apartes para despejar nova carga de bílis sobre Dilma.

- Hoje a presidente coloca de cócoras o Congresso ao estabelecer que cada um aqui tem um preço. Fala-se em  748 mil reais. Essa é uma violência jamais vista nesta casa, disse o senador mineiro.

Karla Machado com Brasil 247