O médico carioca João Pedro Feitosa, de 28 anos, que trabalhou na linha de frente e acabou se infectando e participava como voluntário dos testes da vacina de Oxford, morreu em decorrência de complicações da Covid-19. Ele era testado pelo laboratório AstraZeneca, mas morreu devido as complicações causadas pelo vírus acabou morrendo na última 5ª-feira (15.out). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi formalmente informada do fato nesta 2ª-feira (19.out). O caso está sob avaliação da Anvisa e não se sabe se o paciente já teria recebido doses das vacinas em teste. A informação é do O Globo.
De acordo com a Anvisa, os desenvolvedores da vacina já compartilharam com a agência os dados da investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança sobre o caso. O comitê sugeriu o prosseguimento dos estudos com a vacina.
Não foi informado nem pelo laboratório nem pela Anvisa se o voluntário recebeu placebo ou uma dose do imunizante.
O médico recebeu inúmeras homenagens por sua bravura que lutou contra o vírus. Ele divulgou em sua rede social que começou a trabalhar em 13 de agosto no Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha Do Governador. Na imagem da reportagem inclusive, uma foto postada por ele no dia 6 de maio, há marcas no rosto de Pedro deixada pela máscara de proteção contra a covid-19.
Em nota, a Anvisa disse que “com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.”
A agência disse ainda os dados de voluntários são mantidos em sigilo devido aos princípios de confidencialidade do estudo, destacando que “a Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira”.
Nos bastidores, a informação é de que o óbito não teria relação direta com a vacina.