26 de abril de 2024
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VACINAS

'Pfizer' tem registro aprovado e imunizantes de Oxford estão no país

Anvisa concede registro sanitário definitivo para vacina que não está em solo nacional. Doses da 'Oxford/AstraZeneca' devem ser empregadas já amanhã

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Até então, todas as vacinas que circulavam em território nacional tinham um aval dado pelo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por meio de uso emergencial. Na manhã desta 3ª feira (23.fev.2021), foi aprovado o registro sanitário definitivo do imunizante contra Covid fabricado pela Pfizer e BioNTech, segundo informações da Folhapress, apesar de não estar disponível no Brasil. 

Devido à afirmação e posicionamento do Governo Federal, a vacina não foi comprada, já que o chefe do executivo culpou uma cláusula que diz que a fabricante não se responsabiliza por efeitos adversos graves.

Com o registro o imunizante pode ser importado para o Brasil. Em nota assinada pela diretoria da Anvisa, a agência notificou o fim das análises para regularização.

Antonio Barra Torres, diretor-presidente, afirmou que a vacina produzida no Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas. "Informo com grande satisfação que, após um período de análise de dezessete dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a Covid 19, para uso amplo, nas Américas", disse ele, que assegurou a esperança de análises e aprovações futuras de novas vacinas.

Outra que assina a nota é a diretora Meiruze Freitas, exaltando o trabalho feito pela equipe técnica de servidores da Anvisa, que garantiu os resultados. "Entre as autoridades de referência pela Organização Pan-Americana da Saúde OPAS), a Anvisa é a primeira a conceder o registro de uma vacina Covid-19, com 7 (sete) locais de fabricação certificados, refletindo a dedicação, planejamento e compromisso da Agência com o combate a pandemia. O registro abre caminho para a introdução no mercado de uma vacina com todas as salvaguardas, controles e obrigações resultantes dessa concessão", pontuou.

RECUSA FEDERAL

Cerca de 70 milhões de doses da vacina – que chegariam já em dezembro de 2020 – foram recusadas pelo governo brasileiro, para esse que foi um dos quatro primeiros imunizantes testados em solo nacional. Na época, o Ministério da Saúde apontou que “as doses propostas pela Pfizer causariam "frustração" aos brasileiros”

Ainda no domingo (21.fev), segundo informações do G1, através de nota o ministério diz que aguarda orientações do Palácio do Planalto, que devem chegar até 6ª feira (26.fev), com soluções para o impasse nas negociações não só da Pfizer, como também da Johnson, que igualmente pediu isenção da responsabilidade diante de efeitos adversos graves.

OUTRAS ALTERNATIVAS

As duas vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são a de Oxford e a CoronaVac, mas ambas têm autorização de uso emergencial, e não o registro definitivo.

Hoje pela manhã (23.fev) o avião vindo de Mumbai, na Índia, chegou ao Brasil. Nele 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19, que devem ser encaminhadas para a Fiocruz, onde passarão por conferência de temperatura e integridade da carga, para ganharem etiquetas com informações em português. Além disso amostras serão encaminhadas para análise de protocolo e liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.

Logo na madrugada de 4ª feira (24.fev.2021), a previsão é de que as doses já estejam prontas para serem incorporadas ao Plano Nacional de Imunização (PNI).

Também o Butantan afirmou que outras 3,4 milhões de doses da Coronavac serão entregues essa semana. Dimas Covas pronunciou que, já neta 3ª feira, cerca de 1,2 milhão de doses sejam entregues.

Outros dois lotes do ingrediente farmacêutico ativo devem ser entregues até sábado (27), para que a Fiocruz produza mais 2 milhões de doses.