Espaços vazios e com pouca movimentação. Assim está boa parte dos comércios na região sudoeste da capital, precisamente no bairro Conjunto Aero Rancho setor 4. Seja em salões de beleza, mercearia, loja de roupas e outros. De acordo com donos dos estabelecimentos, a movimentação de pessoas caiu em 60% trazendo, conseqüentemente, prejuízos.

Para a cabeleireira Lenita Fernandes de Oliveira, que tem o salão de beleza há um ano na rua Carlos Drummond de Andrade, é preciso ter artifícios para poder contornar a falta de clientes para poder pagar as contas do mês como o aluguel do imóvel. “Está tudo parado, até mesmo no final de semana. Antes, por semana, atendia 20 clientes e agora chega no máximo a 5. Ligo para os clientes e eles dizem estar sem dinheiro. Sou brasileira e não desisto. É minha profissão. É o que sei fazer e tenho que persistir”, disse ao MS Notícias a cabeleireira que oferece serviços corte, luzes, progressiva, massagem, manicure, pedicure e depilação.

Na Barbearia do José Bueno, no mesmo bairro, a situação não é diferente. Encontramos o comerciante com o local vazio a espera de algum cliente. “Estou há um ano aqui e está sendo um ano parado. Os clientes estão se segurando um pouco. Muitos acabaram ficando desempregados. Está complicado e olha que aqui não pago aluguel, pois se pagasse seria pior”, contou José.

A esposa do barbeiro, também tem comércio no mesmo local, vende roupas. Ela também reclama. “Não estou vendendo quase nada. A ‘paradeira’ está bastante. Muitas pessoas estão com dívidas, com medo de gastar. Tenho dado desconto de até 50% e mesmo assim não estou vendendo. E o pior é que tem gente que quer comprar fiado. Aí não dá”, desabafou a comerciante.