27 de abril de 2024
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EDUCAÇÃO ESPECIAL

Sem justificativa, Diretor e coordenadora negam vaga à professor na Capital (vídeo)

'É perseguição e preconceito', denuncia educador

O professor Fábio Oliveira Rodrigues, de 32 anos, denunciou, nesta 2ª feira (4.fev.24), o diretor da Escola Estadual Professora Flavina Maria da Silva, Dilmar Ricardo Ribeiro, e a coordenadora Rosana Polidário Andreio Simas, por não aceitarem que ele ocupasse de vaga de Educador Especial na unidade.

“Cheguei na escola hoje. Eu me apresentei, disse que estava lá para assumir a vaga de educação especial. Ele foi bem direto: ‘não te quero aqui, você pode voltar para CEESPI [Centro Estadual de Educação Especial e Inclusiva], ou procurar uma nova escola. E ele não quis lotar, mas não deu nenhuma justificativa plausível”, contou o professor. Veja a carta de convocação do professor a vaga de Apoio Pedagógico Especializado: 

Formado em Filosofia e pós-graduado em Educação Especial, Fábio também é vice-presidente da Associação dos Professores de Mato Grosso do Sul (APROEMS). Anteriormente ele estava lotado em Bonito – por chamada pública, mas na 6ª feira (1.mar.24) foi convocado pelo CEESPI para assumir 32 horas/aula na Capital. Diante disso, Fábio revogou as horas em Bonito e tinha até esta 2ª.feira para reivindicar sua posse na Escola do Jardim Morenão. Leia o documento que detalha a designação: 

Apesar da revolta com a situação, Fábio revelou que essa não é a primeira vez que esse mesmo diretor e coordenadora tentam lhe prejudicar. “Ele tentou me prejudicar falando em mandar documentações de que eu não estava apto. Eu falei: então redija um documento falando o motivo que eu não posso assumir minhas horas aqui. Ele falou: não, não vou emitir ata, nem documento nenhum”, lembrou. Leia a íntegra da denúncia do professor: 

Diante da recusa do diretor de respeitar a legalidade, Fábio acionou a Polícia Militar. “Mas a PM não compareceu no local, mas a SED e o CEESPI apareceram na escola, me ofereceram outras aulas numa outra escola e tentaram apaziguar, mas a conduta desse diretor e da coordenadora devem ser averiguadas, não podem achar que mandam e desmandam na escola. Existe uma legislação que nos dá direitos e deveres. Eu estou sofrendo perseguição deles desde 2023, e agora em 2024 novamente eles se recusaram. Tenho uma testemunha, ela vai testemunhar o que o sofri: perseguição!”, lamentou. Assista a um vídeo produzido pelo professor: 

 

Ainda de acordo com Fábio, o diretor tem histórico de episódios de preconceitos dentro e fora da unidade escolar. “Eu sou o quarto professor que está sofrendo isso nesta unidade escolar. Tivemos casos de professoras pedindo... Ele é aquele diretor que faz piadinhas homofóbicas e piadinhas sexistas”, acrescentou. 

Para Fábio, a única explicação plausível para sua recusa na unidade deve ser o fato de ele ser homossexual, já que seu currículo é incontestável. “É perseguição e preconceito com a minha orientação sexual já que não apresentou nenhuma justificativa em relação. O caso é bem mais profundo, as escolas em Mato Grosso do Sul andam passando por uma defasagem muito grande, ainda mais no caso da Educação Especial. Eu quero saber o que está impossibilitando o diretor de acatar minhas aulas: seria minha orientação sexual, por que eu sou gay? Porque eles não deram nenhuma justificativa razoável. Nenhuma documentação técnica. Eu estou com uma declaração da SED que eu estive  aqui explicando o que aconteceu e com certeza vou levar isso para esfera criminal”, declarou o professor.    

O professor deve comparecer ainda nesta noite à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência contra o diretor e a coordenadora pedagógica. “A polícia civil entrou em contato comigo, e pediu para eu comparecer ao Depac do Centro. Eu encontrei uma nova escola, e falei com a Dani aqui CEESPI, Superintendente. Solicitei que esse diretor e coordenadora sejam investigados, para que cessem esses abusos na Escola”, finalizou. 

O MS Notícias tentou contato com a direção da escola para ouvir o diretor Dilmar Ricardo Ribeiro e a coordenadora pedagógica Rosana Polidário, no entanto, as ligações não foram atendidas. 

Procurada, a SED não enviou posicionamento sobre a situação até a publicação do conteúdo. O espaço está aberto.

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