Com habeas corpus que lhe garante o direito de ficar em silêncio em questões incriminatórias, Raimundo Nonato Brasil, sócio da empresa VTCLog, é quem depõe à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia e garantiu dizer a verdade. De acordo com a Agência Senado, a CPI apura denúncias que envolvem o Departamento de Logística do Ministério da Saúde e tem informações que o conectam e ex-diretor Roberto Ferreira Dias com sócios da VTCLog.
Roberto Ferreira Dias ignorou parecer da Consultoria Jurídica do ministério segundo o qual o aditivo seria desvantajoso para a administração pública, com caracterização de sobre preço, aponta a reportagem. A análise recomendou ainda que a área técnica avaliasse outras alternativas, entre elas a rescisão contratual e a realização de novo procedimento licitatório.
Desde 2018 a VTCLog presta serviços ao Ministério da Saúde, , quando o agora líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), era ministro da pasta no governo golpista de Michel Temer.
Em 2021, na pandemia, a empresa foi contratada para receber, armazenar e distribuir vacinas contra a covid-19, aponta a Rede Brasil Atual. A VTCLog é suspeita de ter feito pagamentos ao ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias.
Por sua vez, Dias também é investigado e será um dos que terá seu nome incluído entre os indiciados no relatório final dos trabalhos.
Assim como Ferreira Dias, Barros é outro alvo da CPI, apontado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) de ser o coordenador do esquema de aquisição de vacinas por meio de empresas atravessadoras, em vez de diretamente dos laboratórios. O líder do governo Bolsonaro nega as acusações.
** (Matéria editada às 09h56 para acréscimo de informação)
