19 de abril de 2024
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ELEIÇÕES 2022

Lula chega a 46% dos votos: "Entraremos fortes nos palanques estaduais", diz Vander

Deputado diz que certamente após o apoio de Lula, Zeca estará entre os primeiros

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em todos os cenários de primeiro turno para a disputa pelo Planalto nas eleições 2022, de acordo pesquisa da Genial Investimentos e Quaest Consultoria divulgada nesta quarta-feira (8.dez.21).

— Essa pesquisa confirma uma tese que a gente vem reforçando. Não existe narrativa para 3ª via, essa é será uma eleição polarizada de um turno só e entraremos fortes nos palanques estaduais — crava o deputado federal por Mato Grosso do Sul (MS), Vander Loubet ao comentar a Quaest desta quarta.    

A pesquisa mostrou que 46% preferem que Lula vença, em um cenário em que apenas Jair Bolsonaro (PL) e Lula são as opções: 

Lula aparece com os mesmos 46% das intenções de voto em ao menos 4 cenários. O máximo que Bolsonaro consegue é 27%. Sérgio Moro (Podemos) consegue no máximo 11% dos votos. Depois aparecem Ciro Gomes (PDT) que até conquistou 8%, João Doria (PSDB), na quinta estimativa consegue 5%, Rodrigo Pacheco (PSD) não passa dos 2%, e Luiz Felipe d'Avila (Novo), que na sua melhor pesquisa consegue 1%.

Os números apontam que o petista estaria próximo de vencer a eleição no primeiro turno. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Lula fica tecnicamente empatado com a soma de todos os seus possíveis adversários, que registraram 42%. (Veja a íntegra da pesquisa AQUI). 

Segundo Vander, o presidente Lula tem feito movimentos para trazer uma parte do Centro. "Como a possibilidade do Alckmin vim para o PSB, até mesmo de trazer o Kassab com o PSD, com o presidente do Senado, o Pacheco, como uma outra alternativa. Ele percebe que se ele puder já trazer essa parte do Centro ele mata a eleição já no primeiro turno", comenta.  

Para Vander, caso sejam viabilizadas as alianças de Lula, os petistas entrarão fortes nos palanques estaduais em 2022.

— Só para você ter uma ideia, na Bahia quando se coloca o Jaques Wagner (PT) apoiado pelo Lula, ele já passa o Neto [ACM Neto - União Brasil]. Em Minas Gerais, quando se coloca o prefeito de Belo Horizonte, o Kalil [Alexandre Kalil - PSD] com o Zema [Romeu Zema - Novo], quando coloca só os dois, o Zema está na frente, hora que coloca o Zema apoiado pelo Bolsonaro e pelo Moro e o Kalil apoiado pelo Lula, o Kalil já passa o Zema. E não vai ser diferente aqui no Estado, aqui estamos reforçando a candidatura do Zeca [Zeca - PT]. E tenho certeza hora que se colocar uma pesquisa no Estado, Marquinhos [Marquinhos Trad - PSD] apoiado pelo candidato a presidente dele, que hoje é o Pacheco, se colocar o André Puccinelli [MDB] apoiado pela Simone [Simone Tebet], se colocar a Rose [Rose Modesto -PSDB] e o Riedel [Eduardo Riedel] apoiados pelo Doria ou pelo Bolsonaro, eu não tenho dúvida que o Zeca cresça mais ainda e fique de igual para igual com quem estiver em primeiro — opina Vander.  

O deputado desafia que as próximas pesquisas vincule os candidatos estaduais a seus aliados para presidente. — Vincula os candidatos a presidente com seus candidatos a governador para ver qual que vai ser o resultado. Porque na verdade quando você coloca, você traz na memória das pessoas o vínculo com que ele vai poder, aí o nome de Zeca é muito forte. Estou muito esperançoso com essa candidatura aqui do Zeca. E tenho certeza que Lula vai virar uma onda e vai reverter em vários estados — aponta.  

Zeca deve lançar a candidatura no início de fevereiro e contará com a presença de Lula no estado. — Ele virá concerteza, absoluta — adianta Vander.  

De acordo com Vander, Bolsonaro deve manter o mínimo de 25% de votos que ele qualifica que são setores que são adeptos da negação.

— Eu acho que Bolsonaro não tira essa narrativa dele...ele faz política em cima da negação e essa negação absolve setores. Não precisa esperar de Bolsonaro que ele vai mudar a opinião dele. Porque ele só constrói destruindo, para se alimentar em cima das milícias, dos setores evangélicos, em cima da polícia, do Exército e em cima do agro. Então para ele sustentar esse eleitorado dele, ele precisa ficar reafirmando essas negações. Eu sou daqueles que acham que o Bolsonaro não baixa dos 25... É por isso que é muito difícil as outras candidaturas encontrarem espaço, narrativas, para tirar essa posição de segundo dele — analisa.

Os candidatos que estão atrás de Bolsonaro devem bater nele, pois, conforme Vander, os candidatos seguem uma lógica. — O Moro [Sergio Moro], o Ciro [Ciro Gomes] vão bater muito nele, isso vai fazer o Lula crescer ainda mais. Porque ninguém bate em quem está em primeiro, as pessoas batem naquele que está na sua frente. A lógica é buscar alcançar aquele que está na sua frente primeiro", revela.  

Vander finalizou a entrevista lamentando que as pessoas estejam passando necessidade em função do governo de Jair Bolsonaro. Para ele, a esperança para o fim da crise instaurada é a eleição de Lula. — Essa crise quem é culpado é o governo Bolsonaro, que não soube lidar com ela. Acho que cada vez mais isso tudo reforça nas pessoas a vontade de ter esperança e essa esperança é o Lula, não tenho dúvida, que fez e tem condições de fazer melhor ainda  — finaliza.