16 de abril de 2024
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Maioria dos médicos do município ganha R$ 15 mil, não é motivo para greve, diz secretário

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Durante coletiva de imprensa que acontece na tarde de hoje no Paço Municipal, a equipe de secretários do prefeito Gilmar Olarte tentou explicar e justificar os motivos que levaram a Prefeitura de Campo Grande mergulhar em quadro de crise financeira, e em alguns pontos, os secretários rebateram afirmações dos servidores.

Em relação à greve dos médicos, que deve se iniciar a partir da próxima quarta-feira, o prefeito reafirmou que não irá negociar nem pretende voltar atrás no corte das gratificações e plantões, pois o município necessita dessas medidas drásticas. "Todo gestor de responsabilidade no Brasil faria e tem feito o mesmo que eu em uma situação de crise como a que vivemos hoje. Basta que os médicos e servidores tenham um pouco de bom senso e qualquer um que esteja com faculdade mental na normalidade vai entender essa crise e não se deixará ser usado como massa da manobra", disse Olarte.

Em acréscimo à fala do prefeito, o secretário municipal de administração Wilson do Prado afirmou que os médicos e professores municipais que reclama dos cortes de plantões e de horas aulas não têm motivos reais para reclamar pois foram apenas "ajustados plantões e aulas excessivos". Segundo secretário havia muitos professores e médicos recebendo por horas aulas e plantões acima do necessário e essa gordura foi cortada. 

Tanto Olarte quanto Wilson descartaram cortar comissionados, pois, segundo secretário de administração, o número de 1045 comissionados nomeados por Olarte foi necessário para preencher um "buraco" de funcionários do  município que estavam cedidos para o governo estadual.

Olarte e Wilson pediram à população e aos servidores que tenham bom senso e saibam interpretar as informações de forma correta. "Existem muitas distorções, se você perguntar para um médico o quanto ele ganha, ele vai dizer que é R$ 2800, mas na verdade tem médicos ganhando R$ 28 mil. A maioria dos médicos do município ganha R$ 15 mil. Isso não é motivo para greve", afirmou Wilson. 

Judicialização

Embora se mostre aberto ao diálogo, o prefeito Gilmar Olarte foi categórico ao dizer que se os servidores municipais (médicos, professores, administrativos) não entenderem, "pelo bom senso", que o município não tem condições de conceder reajustes, e insistirem em entrar em greve, o município irá recorrer à justiça. "Espero que os servidores tenham bom senso, não gostaria que os servidores utilizassem essa crise politicamente", disse Olarte.