26 de abril de 2024
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Operação ADNA

Olarte chega cedo ao TJMS e Ronan é primeiro a prestar depoimento

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O prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte, chegou cedo ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Conforme apurou MS Notícias, Olarte foi o primeiro a chegar acompanhado do advogado Jail Azambuja.

Neste momento, a audiência que vai ouvir réus e testemunhas da ação penal referente aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, decorrente da Operação ADNA, já começou e o ex-assessor de Gilmar, Ronan Edson Feitosa de Lima é primeiro a depor. Antes de iniciar seu depoimento, Ronan conversou com seu advogado, por 15 minutos, em uma sala reservada com autorização do desembargador Luiz Claudio Bonassini, que preside audiência. Além de Ronan e Olarte, Márcio Feliciano, também réu, já está no TJMS para prestar depoimento. 

Participam da audiência, os promotores João Albino Cardoso Filho e Marcos Alex Vera de Oliveira, coordenador do grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelas investigações da Operação ADNA, que identificaram esquema, no qual Olarte, Ronan e Márcio Feliciano estariam envolvidos, que consistia, na troca de cheques de terceiros com agiotas para levantar recursos. Como muitos dos cheques não foram pagos e agiotas passaram a cobrar os titulares dos cheques, o caso foi denunciado ao Ministério Público.

Reviravolta

O caso, porém, sofreu recentemente uma reviravolta, após constatação de que um dos cheques apresentados como prova contra Ronan é falso. No dia 27 de janeiro deste ano, a Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul julgou, parcialmente procedente, um pedido de Ronan Edson Feitosa de Lima e reconheceu que um dos cheques juntados ao processo em que Ronan e o prefeito afastado da Capital, Gilmar Olarte, são réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva é falso.

Conforme decisão, um cheque no valor de R$ 5 mil vinculado a uma conta do banco Bradesco, que pertenceria a Ronan e fora assinado mecanicamente, é falso. Na decisão, os desembargadores que compõem a Seção Criminal determinaram que o caso seja investigado pela Polícia Civil.