26 de abril de 2024
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Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de Eduardo Cunha em Brasília

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A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (15) mandados de busca e apreensão em duas residências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e faz parte da Lava Jato e ao todo são 53 mandados de busca e apreensão expedidos Supremo. Os locais onde buscas são realizadas, segundo PF, são residências, residências oficiais e órgãos públicos. Dos 53 mandados, nove são em Brasília, 15 no estado de São Paulo, 14 no Rio de Janeiro, seis no Pará, quatro em Pernambuco, dois em Alagoas, dois no Ceará e um no Rio Grande do Norte. Além de Cunha, o deputado Anibal Gomes (PMDB-CE), senador Edison Lobão (PMDB-MA) e ex-presidente da Transpetro Sergio Machado também são alvos da operação. Os ministros de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, e Eduardo Alves, do Turismo também são alvos da PF na operação. Ambos são do PMDB.

Segundo assessoria de imprensa de Cunha, o deputado está na residência oficial da presidência da Câmara em Brasília enquanto Polícia Federal executa buscas e apreensões. Há um advogado acompanhando Cunha, porém, conforme assessoria não há ainda confirmação se deputado vai se pronunciar sobre caso.

As buscas foram solicitadas ao STF pela Procuradoria Geral da República (PGR) que pediu ao ministro Teori Zavascki autorização para busca e apreensão de documentos com objetivo de ter acesso a e-mails de funcionários do Congresso.

Cunha é investigado após ter sido denunciado, em agosto deste ano, pelo Ministério Público Federal, por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo PGR, o deputado teria recebido propina no valor de U$ 5 milhões para viabilizar compra de navios-sondas da Petrobras. Pelo menos quatro contas pertencentes a ele foram identificadas no exterior. O deputado é alvo de processo de ética na Câmara, que pode resultar na cassação do parlamentar.