19 de julho de 2025
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INQUÉRITO

Denúncias apontam falhas na manutenção e falta de aparelhos de raio-x no Regional

MP instaurou inquérito para apurar o caso

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A 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública de Campo Grande instaurou um novo inquérito civil para investigar as condições de funcionamento dos equipamentos de Raio-X no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). O procedimento apura falhas na manutenção, insuficiência de aparelhos disponíveis e as medidas adotadas pela Fundação Serviços de Saúde de MS (Funsau) e pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) para garantir a continuidade e qualidade dos serviços de diagnóstico por imagem.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o inquérito foi aberto com base em relatos de que a oferta de exames estaria comprometida, impactando diretamente o atendimento aos pacientes do SUS. A promotora de Justiça responsável pelo caso, Daniella Costa da Silva, determinou diligências para apurar se as manutenções preventivas e corretivas estão sendo feitas conforme os padrões exigidos. O procedimento segue sob sigilo, com acesso restrito às partes envolvidas.

Esta é mais uma de uma série de investigações que vêm sendo conduzidas pelo MPMS envolvendo o HRMS. No mês passado, a mesma promotoria instaurou inquérito para apurar supostas falhas nos fluxos de regulação após mudanças na gestão do hospital. Entre as denúncias, está a redução de leitos disponíveis e a demora no encaminhamento de pacientes, o que teria contribuído para casos graves, incluindo a morte de uma criança de 8 anos à espera de vaga em tratamento urgente.

Outra frente de apuração, conduzida pela 76ª Promotoria de Justiça, investiga se os serviços de Ginecologia e Obstetrícia do hospital atendem às exigências legais e sanitárias para unidades de alto risco. A estrutura, o corpo clínico e o cumprimento de protocolos humanizados estão entre os pontos em análise.