Diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, é quem depõe hoje à Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia. Foi decidido, pelo ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal que, apesar de obrigada a comparecer ao Senado, a depoente tem o direito de permanecer em silêncio.
Segundo informações da Agência Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que respeita o direito constitucional ao silêncio, garantido à diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades, mas ressaltou, no entanto, que é necessário que algum representante da empresa responda sobre as denúncias de irregularidades na compra de vacinas.
No Brasil, a Precisa é intermediária para a compra da vacina Covaxin. A CPI investiga um possível favorecimento do governo federal para a empresa, que só suspendeu o contrato no fim de junho.
De acordo com apurações da Folha de S. Paulo, o chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, relatou ao Ministério Público Federal (MPF) ter sofrido pressão atípica para tentar garantir a importação da vacina indiana Covaxin.
Já em depoimento à CPI da Pandemia, ele confirmou existir essa pressão. Seu irmão, deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre indícios de irregularidade na negociação do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin, de onde se levanta a hipótese de crime de prevaricação do atual chefe do executivo federal.