Na cadeira da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia hoje (15.set.2021), está o advogado Marconny Albernaz de Faria, suspeito de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos. Ele é envolvido em esquema na compra da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde.
Marconny é íntimo da família Bolsonaro e teria sido ele quem ajudou Jair Renan, a abrir sua empresa. Ainda há envolvimento em esquema de compra de testes, apontado pela Operação Falso Negativo.
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI e autor do pedido de convocação, "a CGU [Controladoria-Geral da União] aponta evidências de tentativa de interferência no processo de chamamento público para contratação direta de 12 milhões de testes de Covid-19".
Segundo Agência Senado, Marconny deveria ter sido ouvido pela CPI em 2 de setembro, quando apresentou um atestado médico e não compareceu à audiência. O atestado acabou sendo anulado pelo próprio médico que o concedeu.
Já em depoimento, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), questionou o motivo de Marconny Albernaz Faria para apresentar atestado médico na véspera de seu depoimento à CPI, que afirmou ter tido um colapso nervoso e físico.
"Tive que me preparar muito fisicamente e psicologicamente para estar aqui, sobretudo por não ter feito nada de errado". No início deste mês, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus a Marconny Faria e garantiu-lhe o direito ao silêncio em questionamentos que gerem provas contra ele, além do direito de ser assistido por um advogado em seu comparecimento à CPI da Pandemia.