As parlamentares de Mato Grosso do Sul, da Assembleia Legislativa, mostraram-se satisfeitas na manhã de hoje ao falar sobre a aprovação em primeiro turno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 590/2006, que determina que a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e do Senado, tenham ao menos um representante de cada sexo.
?Para Antonieta Amorin (PMDB), esse e mais um avanço da mulher dentro de um espaço na sociedade. A deputada acredita que essa é uma maneira de a mulher se mostrar mais na política, que hoje possui poucas representantes.
“Eu sempre falo que para a mulher ter voz ela precisa ter voto, na política ainda há poucas mulheres. O Mato Grosso do Sul ainda é um estado machista, há quanto tempo anão víamos uma mulher como deputada federal?”, questionou referindo-se a Tereza Cristina (PSB), que foi eleita no ano passado.
Mara Caseiro (PT do B), já foi vereadora, prefeita e hoje ocupa uma cadeira na Casa. Para ela, a decisão foi justa e acrescenta que, em sua opinião, deveria haver ama lei que estabelece um número considerável de mulheres que ocupem as cadeiras das casas e não só para tentar concorrer a uma eleição.
“Hoje nós estamos atrás de países muçulmanos, do Paraguai, do Uruguai, quando se refere as mulheres na política e isso deve mudar, esse já é um começo. Não é uma questão de gênero, mas sim uma questão de representatividade nas Casas, uma reflexão da sociedade, que hoje tem a mulher como maioria”, finalizou.
O texto ainda precisa ser votado em segundo turno antes de ir para o Senado. A proposta também determina proporcionalidade de cada sexo em comissões.