O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta 6ª feira (27.out.23), informações sobre a distribuição da população brasileira por idade e sexo, que fornecem uma base para cálculos demográficos e orientam políticas públicas.
Os números do Censo Demográfico 2022 foram coletados até maio de 2023 e revisados em julho de 2023.
Segundo o Censo, com 2.757.013 habitantes, um aumento de 307.989 em relação a 2010. Campo Grande é a cidade mais populosa, com 898.100 habitantes, seguida por Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã.
Conforme o IBGE, Mato Grosso do Sul tem 1.400.498 mulheres (50,8%) e 1.356.515 homens (49,2%). A razão de sexo é de 96,9, indicando que há 96,9 homens para cada 100 mulheres. Isso se deve ao envelhecimento demográfico e à menor taxa de mortalidade das mulheres em todas as fases da vida.
O maior número de mulheres foi registrado em todo o país pela primeira vez em 5 décadas. Apenas na Região Norte não havia predominância feminina, agora elas são maioria em todo país.
POPULAÇÃO TOTAL DO BRASIL
O Brasil tem uma população residente de 203.080.756. Deste total, 104.548.325 (51,5%) são mulheres e 98.532.431 (48,5%) são homens. O que significa que existe um excedente de 6.015.894 mulheres em relação ao número de homens. O IBGE considera, para fins de registro, o sexo biológico do morador atribuído no nascimento.
O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censitária é chamado “razão de sexo”, que leva em consideração o número de homens em relação ao de mulheres. Se o número for menor do que 100, há mais mulheres. Se for maior do que 100, há mais homens. Se em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres, em 2022 essa proporção passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.
Na divisão por regiões, a razão de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No último Censo, em 2010, era 101,8. Agora, é 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora é 93,5. No Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.
Quando se consideram os grupos etários no Brasil, a proporção de homens é maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária e a proporção continua crescendo nas idades mais avançadas. O IBGE explica a diferença inicial pelo número maior de nascimentos de crianças do sexo masculino. E a mudança na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude.
“As causas de morte dessa população jovem masculina estão relacionadas às causas não naturais. Que são as causas violentas e os acidentes que acometem mais a população entre 20 e 40 anos de idade. Muito mais do que acontece com as mulheres”, afirma a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães.
UNIDADES DA FEDERAÇÃO
A Análise dos Gêneros por Unidade Federativa no Brasil revela que o estado do Rio de Janeiro tem a maior proporção de mulheres no país, enquanto Mato Grosso é o estado com maior proporção de homens.
A razão de sexo entre homens e mulheres em cada município está diretamente relacionada ao tamanho da população, com as mulheres começando a ser maioria em municípios com 20 mil a 50 mil habitantes.
Populações carcerárias masculinas em domicílios coletivos do Censo Demográfico explicam a maior razão de sexo em municípios como Balbinos-SP. Santos-SP, Salvador-BA e São Caetano do Sul-SP têm as menores razões de sexo.